terça-feira, 3 de abril de 2012

Pacientes bancam itens básicos



decio
Pacientes de unidades municipais de saúde de Sumaré estão sendo obrigados a bancar, do próprio bolso, despesas de itens básicos no atendimento como esparadrapos, gazes e curativos. Depois de passarem pela rede municipal, eles seriam encaminhados, pelos próprios funcionários, para farmácias. Em alguns casos, o servidor até busca o material para o paciente, desde que esse dê o dinheiro. A denúncia foi feita pelo vereador Décio Marmirolli (PSDB) e confirmada por usuários do sistema. Segundo Marmirolli, um levantamento feito junto a unidades de saúde do município apontou falta de medicamentos e acessórios, como luvas, gazes, frascos para urina, seringas, gel, agulhas, algodão, soro e esparadrapos em pelo menos quatro unidades.








A reportagem esteve em Sumaré, onde conversou com os pacientes. Um senhor de 68 anos que pediu para não ser identificado precisou comprar gaze e esparadrapos em uma farmácia perto da unidade de saúde a que ele se dirigiu, por indicação dos próprios funcionários. A informação também foi confirmada por uma farmácia que fica próxima à unidade de saúde João de Vasconcelos. Os funcionários disseram que, algumas vezes, os pacientes dos postos vão até o estabelecimento para comprar remédios, pomadas e demais itens que o posto de saúde não tem. “O que mais sai é seringa e alguns remédios injetáveis. Eles compram aqui e levam para ser aplicado no posto”, relatou uma funcionária que pediu para não se identificar.
Servidoras da unidade afirmaram que, em caso de falta do medicamento ou material, alguns pacientes não esperam e vão comprar em farmácias particulares, alguns por indicação dos próprios funcionários da unidade.

PROBLEMA

O presidente do Conselho de Saúde, José Luiz Crepaldi, disse que o órgão não estava sabendo disso e que não incentiva a prática. De acordo com Adriana Viel, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Vinhedo e especialista em direito público, essa prática caracteriza planejamento feito de forma inadequada. “Se o que foi pedido pela licitação não foi suficiente, a administração pode abrir pregões para essa compra, justificando necessidade ou emergência”, disse Adriana. José Eduardo de Moraes Bourroul, secretário de Saúde de Sumaré, informou que os remédios só podem ser comprados pela secretaria em farmácias convencionais se houver ordem judicial para ser cumprida a curto prazo. “Se isso acontece, a secretaria pesquisa nas farmácias do município e compra pelo menor preço”, informou o secretário, que nada informou sobre o fato de pacientes estarem usando o próprio dinheiro para comprar insumos que faltam nas unidades.
Fonte: Jornal Tododia, 03 de Março de 2012
Exatamente 25 dias apos essa denuncia, houve em a posse dos novos conselheiros de saúde em Sumaré, no ato houve uma confraternização, com Coca-Cola, Fanta, lanche de metro, mais pra prefeitura investir na saúde não tem dinheiro e povo precisa comprar os itens básicos por que se não , não consegue ser atendidos só em Sumaré.


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